O texto A Sabedoria de Ser Coruja, de Elaine Azevedo, nos convida a refletir sobre o simbolismo da coruja, que representa a sabedoria.
Que sejamos como uma coruja e possamos enxergar sempre além.
A coruja tem muitos simbolismos. A ave de aparência feia atrai
pensamentos sobre a noite, sobre a vida e sobre a filosofia. Para muitos povos,
a coruja significa mistério, inteligência, sabedoria e conhecimento. Seus
hábitos noturnos fazem a pequena ave ser muito respeitada. A sua habilidade de
ver através da escuridão, faz com que ela enxergue além do que os outros
enxergam, definindo assim a sua capacidade de decifrar os sinais de perigo e de
garantir uma boa caça, bem antes do que os outros animais. Na mitologia grega,
Athena, a deusa da sabedoria, tinha a coruja como símbolo. Pela sua
característica de animal notívago, era vista pelos gregos como símbolo da busca
pelo conhecimento. Os gregos acreditavam que a noite é um tempo destinado a
reflexão. Não por acaso, a coruja também é o símbolo da pedagogia. A sua visão
de quase trezentos e sessenta graus combina perfeitamente com o olhar que o
professor tem que ter do seu aluno. Um olhar completo que não deixe escapar
nenhuma particularidade daquela criança, que é única, entre todas que
compartilham o ambiente da escola. Chamamos de “pais corujas” aqueles que
ressaltam as qualidades dos seus filhos. E corujas somos todos nós em algum
tempo da vida, onde nos encantamos com as vitórias dos nossos pequenos, sejam
eles, filhos, sobrinhos, afilhados ou alunos. Poderia narrar muitos tipos de
corujices. Certamente eu e você, conhecemos muitas “famílias corujas”, mas o
mais importante mesmo são aqueles pais que guardam a sabedoria da coruja no
coração. É mais que um olhar protetor, é um olhar que vislumbra o que o filho
deseja e precisa para crescer. É o olhar que não se fecha para as diversidades
da vida. Pais corujas de verdade, reconhecem o erro e conhecem o perdão. Pais
corujas estão sempre de prontidão. Um olhar que não se fecha para nada! Erros
não são encobertos e os acertos são celebrados com muita alegria. Desejo que
tenhamos sempre a sabedoria de ser “coruja” na hora certa. Que tenhamos um
olhar crítico, afetivo e confiante, para que no momento de cada filho e aluno,
ele possa, sem medo, alçar grandes e infindáveis voos. Mesmo que de longe, a
“coruja” esteja, de olhos bem arregalados.
Elaine Azevedo
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